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A importância da eletroterapia no tratamento das dores

Foto do escritor: eduardokanashiroeduardokanashiro

Atualizado: 11 de dez. de 2024

A eletroterapia é um método de tratamento fisioterápico que utiliza dispositivos que geram correntes elétricas ou ondas sonoras, considerados seguros para a saúde. Seu objetivo é auxiliar no alívio da dor, otimizar a circulação sanguínea e promover a cicatrização da pele, além de facilitar a regeneração de tecidos variados.


Esse método de tratamento pode ser recomendado pelo fisioterapeuta em situações de edema, dor, contraturas musculares ou para o fortalecimento dos músculos, entre outros casos. Ademais, a eletroterapia também é utilizada em procedimentos estéticos para tratar gordura localizada, celulite ou rugas e marcas de expressão, necessitando ser aplicada por um fisioterapeuta especializado em dermatofuncional.


Em uma consulta de fisioterapia, é habitual a utilização de ao menos um dispositivo de eletroterapia, que deve ser prescrito e operado por um fisioterapeuta, levando em consideração as particularidades de cada paciente.



Eletroestimulação

Principais tipos de eletroterapia


Há diversas metodologias para a utilização da eletroterapia, empregando dispositivos específicos, que podem auxiliar de maneiras distintas no processo de reabilitação. As mais relevantes são:


1. TENS - Terapia por estimulação elétrica nervosa transcutânea


A terapia de estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) envolve a aplicação de correntes elétricas pulsadas que atuam sobre nervos e músculos pela pele, bloqueando assim os sinais de dor e promovendo a liberação de substâncias naturais no corpo com propriedades analgésicas, como as endorfinas.


Na realização do procedimento, os eletrodos são posicionados diretamente sobre a pele, e a intensidade da corrente elétrica é configurada de acordo com as características de cada indivíduo. Normalmente, o tratamento ocorre em dias intercalados, e a quantidade de sessões é personalizada conforme as necessidades de cada pessoa, com uma duração geralmente de 20 minutos.


A TENS é utilizada para o alívio da dor após cirurgias, em situações de fraturas e para dores crônicas, como no caso de lombalgia, cervicalgia, dor ciática e bursite, por exemplo.

Contraindicações: este tipo de eletroterapia é contraindicado em casos de epilepsia, pois pode provocar uma crise convulsiva. Ademais, não deve ser aplicado na região do útero durante a gestação, em áreas de pele lesionada, na cavidade bucal e sobre a artéria carótida.


2. Ultrassom


O dispositivo de ultrassom empregado na eletroterapia tem a capacidade de gerar ondas sonoras que produzem vibrações mecânicas, as quais auxiliam na recuperação dos tecidos danificados, estimulando a circulação sanguínea e intensificando o metabolismo.


Esse procedimento consiste em passar o dispositivo sobre a pele, que deve estar limpa e tratada com um gel específico. A quantidade de sessões é determinada pelo fisioterapeuta, levando em consideração as particularidades de cada indivíduo. A duração do tratamento deve ser, no mínimo, de 5 minutos para cada área de 5 centímetros.


Finalidade: o ultrassom é recomendado para aliviar dores musculares causadas por contraturas ou tensões, espasmos, tendinites, obstruções articulares, além de ser utilizado na recuperação de cicatrizes, osteoartrite, rigidez nas articulações e para reduzir o edema na região afetada.

Contraindicações: este tipo de eletroterapia não deve ser utilizado em situações de redução da sensibilidade na área, durante a gravidez, em pacientes com doenças cardiovasculares em estágio avançado, em presença de câncer de pele na região, com problemas circulatórios na área afetada ou sobre feridas expostas e locais com infecções, como seios e órgãos genitais, entre outros.


3. Terapia a laser de baixa intensidade


O laser é uma forma de tratamento com luz que pode gerar efeitos como redução da inflamação, alívio da dor, regeneração e cicatrização dos tecidos. O fisioterapeuta normalmente utiliza o laser diretamente na área afetada, e a quantidade de sessões e a intensidade do tratamento variam conforme a natureza e a severidade da lesão.


A laserterapia é utilizada para tratar inchaços ou inflamações nas articulações, tendões e ligamentos, além de afetar os nervos. Ela é eficaz no alívio da dor e na promoção da recuperação de tecidos danificados.

Condições que não permitem o uso: na área dos olhos, diagnóstico de câncer, na região do útero durante a gestação, sanguinamento no local de tratamento, indivíduos com deficiências cognitivas que não seguem as orientações do profissional de terapia.



5. FES - Estimulação elétrica funcional


A estimulação elétrica funcional (FES) utiliza um dispositivo que gera correntes elétricas alternadas de baixa intensidade, promovendo a contração de músculos que estão paralisados ou com força muito reduzida, como ocorre em situações de paralisia cerebral, hemiplegia ou paraplegia, entre outros.


A duração da contração muscular depende da quantidade de músculos a serem trabalhados, mas costuma levar em média de 10 a 20 minutos para cada área em tratamento.


A FES é utilizada para promover o fortalecimento dos músculos em indivíduos que não conseguem realizar movimentos de forma controlada, como no caso de paralisia ou sequelas de AVC. Também é aplicada em atletas para potencializar o desempenho durante os treinos, estimulando um maior recrutamento de fibras musculares em comparação com a contração convencional.

Indicações a serem evitadas: esse tipo de procedimento é desaconselhado para indivíduos que possuem marcapasso, bem como em áreas como o coração, seio carotídeo, em situações de espasticidade ou se houver dano ao nervo periférico na área em questão.

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